quinta-feira, 26 de maio de 2011

Deus é quem cura,Homeopatia

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Deus é quem cura
Alguns homens, quando realizam grandes feitos, costumam encher-se de orgulho.
Chegam a pensar que são infalíveis em sua atuação e creem que tudo podem.

E isso nos recorda do grande mestre e criador da homeopatia, Samuel Cristian Hahnemann. Uma postura de verdadeiro sábio.
Em 1835, chegou a Paris e começou a clinicar, embora o descrédito e o ataque de muitos dos seus colegas alopatas.
Foi então que a filha de Ernest Legouvé, membro da Academia Francesa, famoso escritor da época, adoeceu gravemente.
Um artista de nome Duval foi chamado para fazer um retrato da jovem agonizante. Era a derradeira lembrança que o pai amoroso desejava ter da filha que se despedia da vida.
Concluída a tarefa, executada com as emoções que se pode imaginar, Duval fez ao pai uma pergunta nevrálgica:
Se toda a esperança está perdida, por que o senhor não tenta uma experiência com a nova medicina que tanto alvoroço tem feito?
Por que não consulta o doutor Hahnemann?
Nada havia a perder e o pai chamou o homeopata. Quando o viu, pareceu-lhe estar defronte a um personagem fantástico de contos infantis.
Hahnemann era de baixa estatura, robusto e firme no andar, envolvido em uma capa e apoiado sobre uma bengala com castão de ouro.
Uma cabeça admirável, cabelos brancos e sedosos, lançados para trás e cuidadosamente encaracolados em torno do pescoço.
Com seus olhos de um azul profundo, sua boca imperiosa inquiriu minuciosamente sobre o estado da menina.
Na sequência, pediu que transferissem a enferma para um quarto arejado, abrindo portas e janelas para que ar e luz entrassem abundantes.
No dia seguinte, iniciou o tratamento. Foram dez dias de expectativa e de tensão. Finalmente, a esperança se confirmou. A menina estava salva.
O impacto dessa cura, quase milagrosa, foi enorme, em toda Paris.
Em reconhecimento pela salvação de sua filha, apesar de muitos ainda afirmarem que Hahnemann não passava de um charlatão, Legouvé presenteou o médico com o próprio quadro pintado por Duval.
Era uma obra prima. O criador da Homeopatia a contemplou  demoradamente, tomou da pena e escreveu:
Deus a abençoou e salvou.Hahnemann.
Considerava pois a cura uma bênção de Deus, da qual ele não fora mais do que um instrumento.
*   *   *
Assim são os verdadeiros sábios, os grandes gênios da Humanidade.
Eles sabem que dominam grandes porções do conhecimento. Mas não esquecem de que a inteligência lhes foi dada por Deus, de onde todos emanamos.
Somos os filhos da Suprema Inteligência, que nos permite crescer ao infinito.
Contudo, a Ele cabem todas as bênçãos, permitindo-nos, na qualidade de irmãos uns dos outros, atuar, agir, no grande concerto da criação.
Pensemos nisso e façamos o bem, sempre nos recordando que sem Deus nada podemos.
Redação com base em dados biográficos de Samuel Hahnemann
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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Salários


 Salários
Em certa passagem do Evangelho, narra-se uma pregação de João Batista.
A multidão interage com o profeta e lhe pede orientações.
Em dado momento, alguns soldados perguntam o que devem fazer.
João lhes responde que devem contentar-se com o seu soldo e não tratar mal ou defraudar a ninguém.
Essa frase tão concisa mostra grande sabedoria.
Muita gente se perde em tortuosos labirintos por não entender os problemas da remuneração na vida comum.
A busca de ganhos cada vez maiores pode fazer com que a pessoa esqueça os deveres que justificam seu salário atual.
Por se sentir injustiçada, arde em inveja de quem ganha mais.
Há operários que reclamam a remuneração devida a altos executivos.
A ganância costuma lançar um véu sobre a realidade e o ganancioso tudo vê sob uma ótica particular.
Ele sempre encontra uma forma de comparar sua situação com a dos outros, em seu favor.
Entretanto, não examina seriamente as graves responsabilidades que repousam sobre os ombros dos homens altamente colocados.
Muitas vezes, estes se convertem em vítimas da inquietação e da insônia.
Suas decisões e ações afetam a vida de incontáveis seres humanos e eles sentem o peso que isso representa.
Frequentemente, têm de gastar as horas destinadas ao descanso e à vida familiar em representações sociais.
De outro lado, há homens que vendem a paz do lar em troca de maiores ganhos.
Abdicam da convivência com os filhos enquanto se entregam a atividades desnecessárias.
Muitas vezes, justificam seu proceder com o propósito de dar conforto à família.
Contudo, olvidam que o afeto e a educação são os tesouros mais preciosos que podem proporcionar aos seus rebentos.
Ao eleger os bens materiais como o objetivo superior da existência, dão exemplos perniciosos.
Inúmeras pessoas seguem, da mocidade à velhice, descontentes com seus salários.
Apresentam-se ansiosas e descrentes, enfermas e aflitas, por não entenderem as circunstâncias do caminho humano, no que tange ao dinheiro.
Não é por demasia de remuneração que a criatura se integrará nos quadros Divinos.
Segundo a sabedoria popular, para a grande nau surgirá a grande tormenta.
Valorizar cada servidor o seu próprio salário é prova de elevada compreensão, ante a justiça do Todo Poderoso.
Para alcançar a paz, o relevante é estar muito atento aos próprios deveres.
Trabalhar com honestidade e desenvolver o próprio potencial.
Buscar melhoria, progresso e bem-estar, mas sem a angústia da ganância material e sem cobiçar o que é do próximo.
Antes de analisar o pagamento da Terra, é preciso se habituar a valorizar as concessões do Céu.
Pense nisso.
Com base no livro Pão nosso Cap.5

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Atenção ao idoso


Atenção ao idoso
Dona Marlene era uma senhora alegre, ativa, independente e muito lúcida. Aos oitenta anos, apresentava algumas limitações físicas compatíveis com a idade.
As dores articulares, provocadas pelo desgaste natural e consequente artrose, a incomodavam diariamente, mas nada que lhe diminuísse o entusiasmo.
Vibrava com cada conquista pessoal e profissional dos filhos e netos. Novos empreendimentos, cursos, especializações, casamentos, uma nova gravidez na família. Tudo era motivo para seus olhos brilharem de alegria.
Morava com uma das filhas e sua casa era muito bem cuidada. Sempre limpa, arrumada, arejada e repleta de porta-retratos, onde cada fotografia contava uma história.
Certo dia, durante uma caminhada de rotina, a senhora sofreu uma queda que resultou em uma fratura articular, necessitando ser submetida a cirurgia
Após a alta hospitalar, por recomendação médica, ela precisaria ficar um período em repouso, pois levaria algum tempo para voltar a caminhar com independência.
Os filhos acharam que a melhor solução seria encaminhá-la a uma Casa de Apoio para Idosos. A justificativa era de que ela necessitava de cuidados especiais, para os quais a família não estava devidamente preparada.
Já instalada na Casa de Apoio, dona Marlene recebeu a visita de uma jovem amiga, que a encontrou acamada, totalmente dependente.
Durante a conversa, ela dizia que sentia falta da sua casa, dos objetos pessoais, da presença da família, enfim, do seu alegre cantinho.
Com o tempo, ela voltou a caminhar. Aos poucos, apesar da fragilidade física, foi se tornando novamente independente. Uma das filhas a visitava semanalmente, mas não falava em levá-la de volta ao seu lar.
Nas visitas periódicas, a amiga foi percebendo que a senhora deixara de falar em voltar para casa. Percebeu também a tristeza que lhe ia na alma.
Tinha certeza que dona Marlene não falava no assunto porque no fundo se envergonhava da situação de abandono.
Nas poucas vezes em que se referia à amada família, justificava de várias formas a dificuldade que seria se ela voltasse para casa. Dizia que a família não poderia assisti-la, pois todos tinham seus compromissos pessoais.
Em verdade, seus lábios diziam palavras que seu coração não compreendia. No lugar daquele olhar alegre e doce, antes cheio de brilho, surgiu um olhar triste, sem vida, que refletia solidão e abandono.
Não era necessário ter muita sensibilidade para perceber que, por dentro, ela morria a cada dia. Que a esperança de voltar para o seio da família ia embora e junto ia também a vontade de viver.
Passado algum tempo, devido a uma determinada complicação de saúde, tornou a ser hospitalizada. Seu organismo cansado, enfraquecido pela dor maior da solidão, não resistiu. Ela havia desistido de viver.
* * *
Algumas famílias necessitam contar com o apoio das instituições especializadas para cuidar dos seus idosos.
É uma difícil decisão e se justifica, em muitos casos.
É compreensível então, contar com tal recurso, enquanto se necessita cumprir nossos deveres profissionais e familiares.
Essa atitude não significa abandoná-los.
O importante é se fazer presente, levando amor e carinho, pois nada justifica a desatenção e o desamparo.
Pensemos nisso

ME

quarta-feira, 18 de maio de 2011

È o que está dentro de você que o faz subir.



lEra uma tarde de domingo e o parque estava repleto de pessoas que aproveitavam o dia ensolarado para passear e levar seus filhos para brincar.
O vendedor de balões havia chegado cedo, aproveitando a clientela infantil para oferecer seu produto e defender o pão de cada dia.
Como bom comerciante, chamava atenção da garotada soltando balões para que se elevassem no ar, anunciando que o produto estava à venda.
Não muito longe do carrinho, um garoto negro observava com atenção. Acompanhou um balão vermelho soltar-se das mãos do vendedor e elevar-se lentamente pelos ares.
Alguns minutos depois, um azul, logo mais um amarelo, e finalmente um balão de cor branca.
Intrigado, o menino notou que havia um balão de cor preta que o vendedor não soltava.
Aproximou-se meio sem jeito e perguntou:
Moço, se o senhor soltasse o balão preto, ele subiria tanto quanto os outros?
O vendedor sorriu, como quem compreendia a preocupação do garoto, arrebentou a linha que prendia o balão preto e, enquanto ele se elevava no ar, disse-lhe:
Não é a cor, filho, é o que está dentro dele que o faz subir.
O menino deu um sorriso de satisfação, agradeceu ao vendedor e saiu saltitando, para confundir-se com a garotada que coloria o parque naquela tarde ensolarada.
*   *   *
O preconceito é uma praga que se alastra nas sociedades e vai deixando um rastro de prejuízos, tanto físicos como morais.
O preconceito de raça tem feito suas vítimas, ao longo da História da Humanidade.
Mas não é somente o preconceito racial que tem sido causa de infelicidade. Esse malfeitor também aparece disfarçado sob outras formas para ferir e infelicitar.
Por vezes, surge como defensor da religião, espalhando a discórdia e a maldade, o sectarismo e os ódios sem precedentes.

Outras vezes apresenta-se em nome da preservação da raça, gerando abismos intransponíveis entre os filhos de Deus.
Também costuma travestir-se de muro entre as classes sociais, fortalecendo o egoísmo, o orgulho, a inveja e o despeito.
Podemos percebê-lo, ainda, agindo como barreira entre a inteligência e a ignorância, disfarçado de sabedoria, impedindo que o mais esclarecido estenda a mão ao menos instruído.
O preconceito também costuma aparecer travestido de patriotismo, criando a falsa expectativa de supremacia nas mentes contaminadas pela soberba.

Ele também pode ser percebido com aparência de idealismo político, explorando mentes juvenis inexperientes e sonhadoras, que são usadas como massa de manobra.
Como se pode perceber, o preconceito é um inimigo público que deveria ser combatido como se combate uma epidemia.
Essa chaga social tem emperrado as rodas do progresso e da paz.
Por essa razão, vale empreender esforços para detectar sua ação, sob disfarces variados, e impedir sua investida infeliz.
Começando por nós mesmos, vamos fazer uma autoanálise para verificar se o preconceito não está instalado em nosso modo de ver, de sentir, comandando nossas atitudes diárias.
Depois, extirpar de vez por todas esse mal que teima em nos impedir de viver a solidariedade e a fraternidade sem limites, como propôs o Mestre de Nazaré.
*   *   *
A fraternidade é a chave que rompe as amarras que nos retém nas baixadas, quais balões cativos, e nos permite ganhar as alturas, elevando-nos acima das misérias humanas.
Para isso, lembremo-nos do vendedor de balões e ouçamos a sábia advertência da nossa própria consciência:
Não é a cor, nem a raça, nem a posição social, nem a religião, nem as aparências externas, filho, é o que está dentro de você que o faz subir.
Pense nisso
As 100 mais belas parábolas de todo os tempos, de Alexandre Rangel.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Primordial

Na minha infância desde a mocidade,haviam muitos questionamentos ; Quem sou eu? O que estou fazendo aqui? De onde vim? Para onde vou?
Uma certa insegurança me estremecia a alma,por não ter respostas para essas e outras perguntas. Sempre uma sensação de vazio, algo que precisa ser preenchido,mas preenchido com o que?
Muitas foram as buscas para determinadas perguntas,procurei no passado encontrei grandes desencontros,procurei no presente encontrei desordem e egoísmo,encontrei divergentes opniões ,procurei no futuro encontrei progresso fundado na ignorância e  na abstinência dos sentimentos, tudo funciona de uma forma mecânica uma ordem que não poderá ser violada.
Pensei... Onde estará a resposta? Fora ou dentro? Alguém guarda consigo o mapa para chegar lá?
Para surpresa minha descobri que cada qual segue seu próprio mapa, o importante para alguns é tolice para outros.
O que é primordial para alguns fica em ultimo plano para outros,cada qual segue suas próprias convicções, convicções essas que são tomadas como verdade absoluta não aceitando porém nada que  difira determinada regra.
Muitos vieram mostrar suas verdades, alguns permanecem até os dias atuais,outros foram esquecidos pelo tempo transmutável.
Todos os dias são feitas novas descobertas novas formas de interpretar as coisas, cem pessoas podem ler o mesmo livro e se pedir para cada uma delas relatar o que entenderam, os relatos serão todos diferentes, contando uma mesma história; Ah quem diga: Esta errado!A minha forma de contar esta correta e a sua errada.
Eu diria: Cada um segue seu próprio mapa,mapas diferentes que levam a um só lugar,como poderia estar errado? Apenas os percursos são diferentes.
A cada diferença que encontro meu vazio vai se preenchendo e formando meu próprio mapa e se agradando do caminho por qual estou percorrendo.Poderia indagar,porque não tomei esta direção antes? Porque pra se achar ,primeiro precisa esta perdido sem rumo.
Como dizia meu querido Platão "Uma vida não questionada,não merece ser vivida.A coisa mais indispensável a um homem é reconhecer o uso que deve fazer do seu próprio conhecimento.".
Assim dia após dia o vazio vai ficando distante e sendo preenchido com o que realmente interessa, Deus,Amor,Caridade,Conhecimento,Familia,Amigos,Trabalho.São os meu primordiais.Importante para alguns,banalidade para outros,o importante é ser diferente,ser que realmente você é,ter identidade própria que vem de dentro para fora.Nunca de fora para dentro,nada pode penetrar o coração além daquilo que já esta la encubado,florescendo na primavera do tempo.


Cléo Merello

segunda-feira, 9 de maio de 2011

A Flor mais Linda do Mundo


A flor mais bonita do mundoEstava caminhando por entre as montanhas, de leve senti uma brisa tocar meu rosto trazendo consigo um perfume que nunca sentira antes; indaguei-me de onde vens?


Levantei minha cabeça o olfato apurado sentindo o cheiro inclinado-se na direção daquele suave e fresco perfume.
Os orválhos da manhã molhavam a minha alma, trazendo me um paz sublime.


A musica entoava sua notas tiradas do balanço das árvores.
Os pássaros cantavam em uma sinfonia que causaria admiração no próprio Beethoven.


Mas aquele perfume cada vez mais perto,cada vez mais suave como a brisa da manhã e os orvalhos das plantas.
Estava perto, ela estava lá a flor mais linda que meus olhos tivera visto, gotículas de orvalho permeavam suas delicadas e esculpidas pétalas,nenhum artista seria capaz de reproduzir tamanha beleza.


Pensei... Que riqueza a vida celebra todos os dias,numa perfeição que somente Aquele que é Perfeito, poderia tal coisa contruir.
Esta sublime presença está por toda a parte, e pode ser traduzida com naturalidade com a palavra "amor" olhando para A Flor mais Linda do Mundo.


Cléo Merello

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Cada monstro quer ser um herói.
Mas nenhum herói quer ser um monstro.
Ilia, de 7 anos

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Carta para Minha Mãe

Carta para Minha Mãe
Mãe, quando eu comecei a escrever esta carta, usei a pena do carinho, molhada na tinta rubra do coração ferido pela saudade.
As notícias, arrumadas como pérolas em um fio precioso, começaram a saltar de lugar, atropelando o ritmo das minhas lembranças.
Vi-me criança orientada pela sua paciência. As suas mãos seguras, que me ajudaram a caminhar.
E todas as recordações, como um caleidoscópio mental, umedeceram com as lágrimas que verteram dos meus olhos tristes.
Assumiu forma, no pensamento voador, a irmã que implicava comigo.
Quantas teimas com ela. Pelo mesmo brinquedo, pelo lugar na balança, por quem entraria primeiro na piscina.
Parece-me ouvir o riso dela, infantil, estridente. E você, lecionando calma, tolerância.
Na hora do lanche, para a lição da honestidade, você dava a faca ora a um, ora a outro, para repartir o pão e o bolo.
Quantas vezes seu olhar me alcançou, dizendo-me, sem palavras, da fatia em excesso por mim escolhida.
As lições da escola, feitas sob sua supervisão, as idas ao cinema, a pipoca, o refri.
Quantas lembranças, mãe querida!
Dos dias da adolescência, do desejar alçar voos de liberdade antes de ter asas emplumadas.
Dos dias da juventude que idealizavam anseios muito além do que você, lutadora solitária, poderia me oferecer.
Lágrimas de frustração que você enxugou. Lágrimas de dor, de mágoa que você limpou, alisando-me as faces.
Quantas vezes ouço sua voz repetindo, uma vez mais:
Tudo tem seu tempo, sua hora! Aguarde! Treine paciência!
E de outras vezes:
Cada dia é oportunidade diferente. Tudo que você tem é dádiva de Deus, que não deve desprezar.
A migalha que você despreza pode ser riqueza em prato alheio. O dia que você perde na ociosidade é tesouro jogado fora, que não retorna.
Lições e lições.
A casa formosa, entre os tamarindeiros assomou na minha emoção.
Voltei aos caminhos percorridos para invadi-la novamente, como se eu fosse alguém expulso do paraíso, retornando de repente.
Mãe, chegou um momento em que a carta me penetrou de tal forma, que eu já não sabia se a escrevera.
E porque ela falava no meu coração dorido, voei, vencendo a distância.
E vim, eu mesmo, a fim de que você veja e ouça as notícias vibrando em mim.
Mãe, aqui estou. Eu sou a carta viva que ia escrever e remeter a você.
*   *   *
Entre as quadras da vida e as atividades que o mundo o envolve, reserve um tempo para essa especial criatura chamada mãe.
Não a esqueça. Escreva, telefone, mande uma flor, um mimo.
Pense quantas vezes, em sua vida, ela o surpreendeu dessa forma.
E não deixe de abraçá-la, acarinhá-la, confortar-lhe o coração.
Você, com certeza, será sempre para ela, o melhor e mais caro presente

Frases do cap. XVI do livro Pássaros livres

Generosidade

Não raro, encontramos pessoas gentis no trato social. São aquelas que se preocupam em respeitar os direitos do próximo, em desenvolver seu espírito de cidadania, em buscar palavras e gestos amáveis para com os demais.
Também, com felicidade, encontramos pessoas educadas nas nossas relações sociais. São os companheiros que se fazem atenciosos, que se preocupam com pequenos gestos, como o saudar aos mais velhos, ceder o espaço para a senhora grávida ou apenas dar um telefonema para o conhecido para ter notícias.
Porém, quantas pessoas conseguem ser generosas? Se a gentileza e a educação nascem do respeito ao próximo, se desenvolvem no espírito de cidadania e convivência, a generosidade nasce no coração de quem está pronto para amar fraternalmente.
Vamos encontrar a generosidade no amigo que consegue compreender nossa falta quando esquecemos seu aniversário, e, ao encontrá-lo mais tarde, ao invés de nos cobrar o esquecimento, simplesmente nos oferece o coração aberto e espontâneo de sempre.
Será fruto da generosidade da alma quando não necessitamos, nem esperamos por um agradecimento, após ter feito um favor a alguém, pois o simples fato de poder ajudar a quem nos pediu nos é suficiente para preencher o coração com satisfação, sem aguardarmos nenhum tipo de reconhecimento.
E estaremos prontos para que a generosidade seja nossa companhia quando, tendo razão frente a uma contenda de grande importância ou a uma disputa por nonadas, sejamos capazes de abrir mão de reivindicar nossos direitos, em nome da paz e da boa convivência.
Jesus nos aconselha a cultivar a generosidade no coração quando afirma que se alguém nos convidar a dar mil passos, caminhemos dois mil se necessário. E, se outro nos pedir a capa, que também ofereçamos a túnica.
Muitas vezes, pensamos que generoso é aquele capaz de abrir os cofres e distribuir o muito que tem, quando, não raro, esse muito nem falta lhe fará.
A verdadeira generosidade nasce no coração que é capaz de olhar o próximo e o mundo com complacência e compreensão, sabendo que todos estamos sujeitos a erros, tropeços e enganos.
Seremos generosos quando estivermos despreocupados em conjugar o verbo ter... Ter algo, ter razão, ter alguém, pois nossas preocupações serão as de oferecer... a gentileza, a amizade, a companhia, a compreensão.
Claro que poderemos ensaiar os primeiros passos de generosidade tocando o bolso, para oferecer aquilo que nos sobra aos que têm tão pouco.
Porém, poderemos sempre investir mais e permitir que a generosidade ganhe espaço em nosso mundo íntimo, quando formos capazes de esquecer um tanto de nossas vontades, nossas razões, nossos anseios, para simplesmente semearmos, nos caminhos alheios, as flores perfumadas com a brisa da fraternidade.
*   *   *
Todos os que estendem mãos invisíveis para sustentar vidas, instituições nobres, são semeadores dos tempos novos.
Graças a eles muitos vivem, outros sobrevivem. Alguns despertam da tristeza, inúmeros os imitam, seguindo-lhes as pegadas.
Semeadores generosos, anônimos, perseverantes. Servidores de Jesus.
Que tal aderirmos à generosidade nós também?
ME