terça-feira, 30 de novembro de 2010

A alegria dos outros


Um jovem, muito inteligente, certa feita se aproximou de Chico Xavier e indagou-lhe:
Chico, eu quero que você formule uma pergunta ao seu guia espiritual, Emmanuel, pois eu necessito muito de orientação.
Eu sinto um vazio enorme dentro do meu coração. O que me falta, meu amigo?
Eu tenho uma profissão que me garante altos rendimentos, uma casa muito confortável, uma família ajustada, o trabalho na Doutrina Espírita como médium, mas sinto que ainda falta alguma coisa.
O que me falta, Chico?
O médium, olhando-o profundamente, ouviu a voz de Emmanuel que lhe respondeu:
Fale a ele, Chico, que o que lhe falta é a “alegria dos outros”! Ele vive sufocado com muitas coisas materiais. É necessário repartir, distribuir para o próximo...
A alegria de repartir com os outros tem um poder superior, que proporciona a alegria de volta àquele que a distribui.
É isto que está lhe fazendo falta, meu filho: a “alegria dos outros”.
*   *   *
Será que já paramos para refletir que todas as grandes almas que estiveram na Terra, estiveram intimamente ligadas com algum tipo de doação?
Será que já percebemos que a caridade esteve presente na vida de todos esses expoentes, missionários que habitaram o planeta?
Sim, todos os Espíritos elevados trazem como objetivo a alegria dos outros.
Não se refere o termo, obviamente, à alegria passageira do mundo, que se confunde com euforia, com a satisfação de prazeres imediatos.
Não, essa alegria dos outros, mencionada por Emmanuel, é gerada por aqueles que se doam ao próximo, é criada quando o outro percebe que nos importamos com ele.
É quando o coração sorri, de gratidão, sentindo-se amparado por uma força maior, que conta com as mãos carinhosas de todos os homens e mulheres de bem.
Possivelmente, em algum momento, já percebemos como nos faz bem essa alegria dos outros, quando, de alguma forma conseguimos lhes ser úteis, nas pequenas e grandes questões da vida.
Esse júbilo alheio nos preenche o coração de uma forma indescritível. Não conseguimos narrar, não conseguimos colocar em palavras o que se passa em nossa alma, quando nos invade uma certa paz de consciência por termos feito o bem, de alguma maneira.
É a Lei maior de amor, a Lei soberana do Universo, que da varanda de nossa consciência exala seu perfume inigualável de felicidade.
Toda vez que levamos alegria aos outros a consciência nos abraça, feliz e exuberante, segredando, ao pé de ouvido:  É este o caminho... Continue...
*   *   *
Sejamos nós os que carreguemos sempre o amor nas mãos, distribuindo-o pelo caminho como quem semeia as árvores que nos farão sombra nos dias difíceis e escaldantes.
Sejamos os que carreguemos o amor nos olhos, desejando o bem a todos que passam por nós, purificando a atmosfera tão pesada dos dias de violência atuais.
E lembremos: a alegria dos outros construirá a nossa felicidade.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Obediência


Em uma Epístola aos Hebreus, Paulo de Tarso dissertou sobre a obediência de Jesus a Deus.
Salientou que o Cristo manifestou Sua obediência ao Criador até o mais extremo sacrifício.
E que, após a consumação do martírio, tornou-Se o meio de salvação para todos os que por sua vez O seguirem.
É interessante refletir a respeito da obediência.
Toda criatura obedece a alguém ou a alguma coisa.
Ninguém permanece sem objetivo.
A própria rebeldia está submetida às forças corretoras da vida.
O homem obedece a toda hora.
Contudo, por vezes não consegue definir a própria submissão por virtude construtiva.
Não entende a necessidade de submeter-se com dignidade ao cumprimento dos deveres que a vida lhe apresenta.
Ressente-se com os encargos que lhe competem e busca abandoná-los.
Então, atende, antes de mais nada, aos impulsos mais baixos da natureza.
Por resistir ao serviço de autoelevação, torna-se um rebelde.
Quase sempre, em seu coração, transforma a obediência que o salvaria na escravidão que o condena.
O Senhor da vida estabeleceu as gradações do caminho.
Instituiu a lei do próprio esforço, na aquisição dos supremos valores da vida.
Em Sua extrema bondade, elaborou formosos roteiros para que o homem encontre a felicidade e se plenifique.
Deus determinou que o homem, para ser verdadeiramente livre, aceite os Seus sagrados desígnios.
Contudo, a criatura frequentemente prefere atender à sua condição de inferioridade e organiza o próprio cativeiro.
O discípulo precisa examinar atentamente o campo em que desenvolve a sua tarefa.
Quanto a você, a quem obedece?
Acaso, atende, em primeiro lugar, às vaidades humanas?
Cuida, acima de qualquer coisa, das opiniões alheias?
Ou consegue acomodar o seu sentimento no tranquilo cumprimento dos deveres que lhe competem?
São frequentes as tentações que o mundo apresenta no caminho de quem deseja viver retamente.
O discurso mundano fornece desculpas para quase tudo.
Seja o abandono do lar, a traição conjugal, a sonegação de tributos ou a pouca dedicação aos filhos.
Sempre é possível achar alguma justificativa, ainda que pífia, para passar pela porta larga da perdição.
O problema é que nessa passagem compromete-se a própria dignidade.
Como cada qual é o artífice do seu destino, sempre chegará o momento de assumir as consequências.
Em termos morais, não há atos despidos de consequências.
O sacrifício das próprias fantasias e vaidades em favor do bem rende plenitude e luz, logo adiante.
Já a vivência de paixões, em clima egoísta, traz uma inevitável cota de dores e desilusões.
Jesus ensinou e exemplificou a vivência do amor, em regime de pureza.
Apenas a obediência aos Seus ensinamentos permite quebrar a escravidão do mundo em favor da libertação eterna.
Pense nisso.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Quero ser uma TV


Na sala de aula, a professora pediu aos alunos que fizessem uma redação e que nela expressassem, de alguma forma, o que gostariam que Deus fizesse por eles.
Já em casa, quando corrigia os textos dos alunos, deparou-se com uma que a deixou deveras emocionada.
Um choro sentido irrompeu sem que ela pudesse controlar.
Deixou tudo o que estava fazendo, sentou-se numa poltrona, ainda com a redação nas mãos, e ficou ali, pensativa, entre lágrimas.
O marido percebeu que alguma coisa estava errada, e entrou no escritório onde ela estava:
O que aconteceu, querida?
Ela, sem conseguir falar direito, passou a ele a redação e disse:
Lê... A redação é de um aluno meu.
O marido segurou a folha de papel e começou a ler:
Senhor, nesta noite, peço-te algo especial: transforma-me numa televisão.
Quero ocupar o espaço dela. Viver como a televisão da minha casa vive. Ter um espaço especial para mim e reunir a família ao meu redor.
Quero ser levado a sério quando falar. Ser o centro das atenções e ser escutado sem interrupções e perguntas.
Senhor, quero receber a mesma atenção que ela quando não funciona, quando está com algum problema.
Ter a companhia de meu pai quando ele chega em casa, mesmo que esteja cansado.
Que minha mãe me procure quando estiver sozinha e aborrecida, ao invés de me ignorar.
E ainda, que meus irmãos briguem para poderem estar comigo.
Quero sentir que minha família deixa tudo de lado, de vez em quando, para estar comigo.
Por fim, que eu possa divertir a todos.
Senhor, não te peço muito. Só te peço que me deixes viver intensamente como qualquer televisão vive!
Quando o marido terminou a leitura, estava incomodado.
Meu Deus, coitado desse menino! Que pais ele tem! – disse ele virando-se para a esposa.
A professora olhou bem nos olhos do marido e depois baixou-os, dizendo num sussurro:
Esta redação é do nosso filho...
*   *   *
Há tantas coisas que o mundo moderno nos oferece! Tantas opções para tudo, que ainda parecemos deslumbrados com esta realidade, como crianças ao adentrar numa imensa loja de brinquedos.
São tantas informações disponíveis, tantas distrações, tanto entretenimento ao nosso dispor...
Mas será que não estamos deixando de lado o mais importante? Será que sabemos o que é mais importante, o que procurar na vida?
Mediante esta constatação, será que a família não está sendo deixada em segundo plano?
Será que os relacionamentos não estão sendo vividos numa certa superficialidade confortável?
É tempo de pensar em tudo isso.
Não troquemos a brincadeira com um filho por um jornal televisivo. Não troquemos momentos de conversa amiga com os familiares por um capítulo de novela.
Aquele Reality Show não é mais importante do que o telefonema ao amigo, perguntando se está bem.
A vida em família é o grande alicerce da felicidade de todos nós. O resto é acessório. O resto... é resto.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

ClubeSDV, a sua franquia grátis!

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Deus não desampara


O livro do Apocalipse está repleto de símbolos profundos.
Por conta disso, sua leitura costuma ser um tanto árdua.
Mesmo assim, dele podem ser extraídas preciosas lições, hábeis a ampliar o progresso espiritual.
Em determinado ponto da narrativa, consta o seguinte versículo:
E dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua prostituição e não se arrependeu.
Essa pequena frase é rica de significados.
Ela evidencia a extrema bondade de Deus, manifestada para com todos os Seus filhos.
Perante os erros mais clamorosos, Ele Se posiciona como um Pai amantíssimo, embora justo.

Muitos insistem pela rigidez e irrevogabilidade das determinações de origem Divina.
Entretanto, convém refletir sobre a essência sublime do Amor que tudo gerou e a tudo sustenta.
Esse amor apaga vidas escuras e faz nascer novo dia nos horizontes da alma.
Mediante as sucessivas vidas, viabiliza os mais improváveis reajustes e redenções.
Mesmo entre os juízes terrestres, existem providências fraternas, como a liberdade sob condições.
Por certo, não será o Tribunal Celeste constituído por inteligências mais duras e inflexíveis.
A casa do Pai é muito mais generosa do que qualquer figuração de magnanimidade que se possa conceber.
Em Seus celeiros abundantes, os recursos são infinitos.
Neles há empréstimos e moratórias, para quem muito deve em face das soberanas Leis que regem a vida.
Também são habituais as concessões de tempo para aquele que se complicou espiritualmente, ao longo dos séculos.
Em suma, os recursos da Misericórdia Divina não podem ser concebidos pela mais vigorosa imaginação humana.
O Altíssimo fornece dádivas a todos, em Sua generosidade.
É aconselhável que o homem medite no que tem feito desses recursos.
Que cesse de reclamar e de se achar injustiçado.
Que jamais se permita imaginar o Pai Amoroso apresentado por Jesus como um ser vingativo e mesquinho.
Mas ponha a mão na consciência e se encha de gratidão por tudo o que tem.
Aprenda a valorizar seus amores, seu trabalho e suas lutas.
Esses recursos sublimes não devem ser desperdiçados.
Eles se destinam a propiciar uma retificação de rumos.
Mediante sua utilização, o homem deve crescer em discernimento e em bondade.
Deve se desgostar de velhos vícios, arrepender-se de equívocos e marchar rumo ao Alto, com galhardia.
Muitos são prisioneiros da concepção de justiça implacável.
Tais ignoram os maravilhosos auxílios do Todo Poderoso, que se manifestam por mil modos diferentes.
Contudo, há também os que procuram a própria iluminação pelo Amor Universal.
Esses sabem que Deus dá sempre e que é necessário aprender a receber e a repartir.
Pense nisso.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Nossa Terra


Contemplando os quadros de miséria do nosso mundo, crianças que são pele e ossos, velhos que vivem desamparados, o desânimo nos chega.
Contemplando as multidões que passam parecendo sem rumo, desejando somente sobreviver a qualquer custo, somos tentados a pensar que este planeta é um verdadeiro vale de lágrimas, um lugar de exílio doloroso.
Sofremos, muitas vezes, por verificarmos a fragilidade da saúde humana e o trabalho dos anos no corpo físico. Anos que o vão tornando enfraquecido, mais enfermo, com maiores necessidades.
Tudo isso nos entristece. No entanto, se observarmos com mais cuidado perceberemos que o nosso mundo terreno não é somente miséria, fome, desamparo e flagelos.
O nosso planeta é um grande campo experimental, onde cada Espírito que aqui vive tem por dever o aprimoramento de si mesmo e o compromisso de socorrer o seu semelhante.
Mas é também um local de muita beleza. A Divindade se esmerou em cuidados para nos permitir gozar alegrias. Basta que olhemos e descobriremos as explosões de flores nos jardins, bosques e pradarias.
O tapete verde do pasto abundante se estendendo por montanhas, em tons que vão do claro ao escuro, como uma enorme colcha de retalhos estendida sobre a Terra.
O vento que nos acaricia os cabelos é aquele mesmo colaborador na reprodução das espécies floridas, carregando o pólen em seus braços, espalhando-o pelas campinas. Vento amigo que dedilha sinfonias nas cabeleiras das árvores para que possamos ouvir a voz da natureza.
É neste planeta abençoado que sentimos a garoa nos molhando o rosto. Observamos as chuvas fortes. Os relâmpagos que traçam desenhos luminosos nos céus escuros.
É aqui que, nas noites quentes, o pirilampo fica piscando e de dia o sol se apresenta com todo seu vigor.
É aqui que o filete d'agua pura desce a montanha e o mar se mostra exuberante.
É na Terra que encontramos as borboletas coloridas dançando no ar e os pássaros cantantes que enchem os nossos ouvidos de sons. A erva rasteira e a árvore gigantesca, que desafia os séculos.
Tudo nos fala do amor de Deus em todos os setores da vida no mundo.
Nosso mundo é uma sublimada escola. Busquemos assimilar as mais importantes lições que nos farão alcançar o esperado progresso.
Não o condenemos. Nem nos entristeçamos. Consideremos todas as possibilidades de beleza e som que o planeta nos concede a fim de que nos renovemos e nos iluminemos.
Valorizemos nosso mundo e cuidemos de tudo que nos rodeia: animais, vegetais e nossos irmãos em humanidade.
*   *   *
É importante que nos integremos às belezas do nosso mundo.
Que aprendamos a observar as madrugadas de luz, quando o sol se espreguiça, espalhando os seus raios pela Terra.
As auroras de rara beleza. As águas do mar que batem forte contra os penhascos. As estrelas, cujo brilho se projeta sobre nós.
Então haveremos de descobrir que nos compete amar e respeitar o nosso planeta, esse campo excelente de trabalho com que Deus nos felicita as horas.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Existência Provada

As crianças nos surpreendem, diariamente, com suas falas e suas deduções. Naturalmente, elas estão recebendo, na atualidade, maior soma de estímulos, o que as faz progredir mais rapidamente.
Desde pequenos se envolvem com computadores, jogos, aparelhos eletrônicos, sem se falar que sempre mais cedo comparecem aos bancos escolares.
Deixando de lado essas questões, entretanto, pode-se observar crianças que revelam, desde muito pequenas, disposições e sentimentos que superam a sua idade.
Lembramo-nos de uma garotinha que, passeando ao pôr do sol, com sua mãe, lhe perguntou, atenciosa:
Mãe, quem fez as nuvens?
Elas são tão lindas, parecem macias. E fazem, no céu, uns desenhos tão curiosos. Quem as fez e colocou no céu, de onde não caem?
Foi Deus, respondeu a mãe. Nosso Pai que tudo criou.
Andando mais um pouco, ela olhou para o chão, curvou-se sobre a grama e voltou à carga:
Mãe, quem fez estas flores tão pequenas mas tão coloridas?
A resposta da mãe foi a mesma.
A menina insistiu:
E as pedras? Quem criou as pedras que seguram o chão?
Foi Deus também. Foi a resposta pronta da mãe.
Então, colocando seu dedinho perto do rosto, em expressão de meditação, a pequenina contemplou o pôr do sol e exclamou:
Como Deus é bom! Ninguém, nem nada ficou esquecido.
*   *   *
Que lição da boca de uma criança! Quantos adultos andam pela vida, sem atentar para os detalhes das maravilhas que os rodeiam.
Preocupados com a conta bancária, que se encontra no vermelho, não aproveitam os momentos do crepúsculo para admirar o poente, que parece incendiar, no cair da tarde.
Envolvidos nas preocupações profissionais, esquecem de contemplar os astros, nas noites estreladas. Nem se dão conta de que Deus acendeu centenas e centenas de luzes para iluminar as noites.
Ensimesmados, dirigem o carro pelas ruas, sem perceber que o outono caprichou nas cores do arvoredo, que há folhas pelo chão, que nos galhos despidos de uma antiga árvore, uma flor insiste em explodir em perfume e beleza.
Absortos pelos trabalhos do cotidiano, esquecem de olhar para si mesmos, para o seu corpo e não se apercebem que, enquanto trabalham, sem cansaço, o coração lhes garante o bombeamento do sangue e a oxigenação das células. Que enquanto andam, o cérebro executa infinitos cálculos para lhes conferir o ritmo adequado aos passos.
Que enquanto se dirigem para o lar, pensando no jantar que os aguarda, o estômago prepara as substâncias certas para a digestão.
E tudo isso em nome de Deus, que a tudo vela e tudo providencia. Deus, que rege o Universo e governa todas as vidas.
*   *   *
O político brasileiro Carlos Lacerda, que sempre foi reconhecido como brilhante intelectual, acreditava em Deus por uma simples argumentação lógica.
Ele se dizia ignorante em eletricidade, mas sabia que a devia atribuir ao eletricista que, juntando dois fios, produz uma faísca apenas menor do que a que fulgura entre nuvens no espaço.
Ora, dizia, por que deverei acreditar que o eletricista é capaz de ligar o positivo e o negativo e fazer luz e não em Deus, que produziu o eletricista?

Extraídos do cap. 2, do livro A presença de Deus, de Richard Simonetti

Quem de nós é o maior?

Jesus era possuidor de paciência e compreensão inigualáveis.
Ouvia as questões mais simples com atenção e, em cada oportunidade, deixava lições profundas, completas, que poderiam ser entendidas naquele momento, bem como servirem aos séculos vindouros.
Certa feita escutou os discípulos discutindo entre eles, sobre qual seria o maior, o mais amado, o de importância mais significativa.
Todos reconhecemos que João é distinguido pelo vosso amor; Pedro é merecedor da mais expressiva confiança; Judas guarda as moedas e se encarrega do controle das nossas modestas finanças... E os demais?
Que somos e que papel desempenhamos no grupo? Afinal, qual de nós é o maior?
Certamente se sentiram constrangidos pela disputa, mas como ela aconteceu, era justo serem honestos, libertando-se das dúvidas.
Jesus envolveu-os na luz da compaixão, e com a sabedoria habitual, respondeu-lhes:
O grão de mostarda, menor e mais insignificante que qualquer outra semente, reverdece com o mesmo tom o solo abençoado pelo trigo vigoroso.
O fruto do carvalho desenvolve a árvore grandiosa que nela jaz, assim como o pólen, quase invisível de todas as flores, se encarrega de transmitir beleza e perpetuar a espécie em outras plantas.
Todos são importantes na paisagem terrestre.
O grão de areia se anula ante outro para construir a praia imensa, que recebe o carinhoso movimento das ondas arrebentando-se no seu leito reluzente.
Tudo é importante diante de meu Pai, não pela grandeza, mas pelo significado de que cada coisa se reveste para a utilidade da vida.
*   *   *
Nos dias atuais, em que ainda tanto se faz questão de ser o melhor, o mais importante, o número um, precisamos refletir sobre as orientações do Cristo.
A competição desenfreada tem nos feito escravos do sucesso e das aparências.
A vaidade tem ditado as regras em todas as áreas, transformando algumas em mais importantes que outras, por questões puramente materialistas.
Julga-se a importância desta ou daquela atividade, por sua visibilidade na mídia, ou por sua remuneração material.
O mundo moderno e seus valores descabidos parece muito semelhante à conversa dos discípulos em torno de quem seria o mais amado.
Desejamos ser amados, desejamos preencher esta carência, este vazio existencial que nos incomoda tanto, mas não sabemos como.
Jesus já havia dado a resposta naqueles idos tempos...
Além de dizer que todos são importantes, disse ainda que entre os homens, o maior sempre seria aquele que se esquecesse de si mesmo, tornando-se o melhor servidor.
Seria aquele que não se cansasse de ajudar, de cooperar com os outros.
É sempre bom ouvir o Mestre, que permanece atual, que permanece nos esperando como Aquele que oferece o caminho da verdadeira vida.

A espada de Dâmocles

Era uma vez um rei chamado Dionísio, monarca de Siracusa, a cidade mais rica da Sicília.
Vivia num palácio cheio de requintes e de belezas, atendido por uma criadagem sempre disposta a fazer-lhe as vontades.
Naturalmente, por ser rico e poderoso, muitos siracusanos invejavam-lhe a sorte. Dâmocles estava entre eles. Era dos melhores amigos de Dionísio e dizia-lhe frequentemente:
Que sorte a sua! Você tem tudo que se pode desejar. Só pode ser o homem mais feliz do mundo!
Dionísio foi ficando cansado de ouvir esse tipo de conversa.
Assim, certo dia propôs ao amigo a experiência de passar um dia, um dia apenas em seu lugar, como monarca, desfrutando de tudo aquilo.
Este aceitou imediatamente com alegria.
No dia seguinte, Dâmocles foi levado ao palácio e os criados reais lhe puseram na cabeça a coroa de ouro, e o trataram como rei.
Recostou-se em almofadas macias e sentiu-se o homem mais feliz do mundo.
Ah, isso é que é vida! - Confessou a Dionísio, que se encontrava sentado à mesa, na outra extremidade.
Nunca me diverti tanto.
Subitamente, Dâmocles enrijeceu-se todo. O sorriso fugiu-lhe dos lábios e o rosto empalideceu. Suas mãos estremeceram. Esqueceu-se da comida, do vinho, da música. Só queria ir embora dali, para bem longe do palácio, para onde quer que fosse.
Percebeu que pendia bem acima de sua cabeça uma espada, presa ao teto por um único fio de crina de cavalo. A lâmina brilhava, apontando diretamente para seus olhos.
Ficou paralisado, preso ao assento. Tentou levantar, mas não conseguiu, por medo de que a espada, com um movimento seu, pudesse lhe cair em cima.
O que foi, meu amigo? - Perguntou Dionísio. - Parece que você perdeu o apetite.
Essa espada! Essa espada! - Disse o outro, num sussurro. – Você não está vendo?
É claro que estou. Vejo-a todos os dias. Está sempre pendendo sobre minha cabeça e há sempre a possibilidade de alguém ou alguma coisa partir o fio.
Um dos meus conselheiros pode ficar enciumado do meu poder e tentar me matar. As pessoas podem espalhar mentiras a meu respeito, para jogar o povo contra mim. Pode ser que um reino vizinho envie um exército para tomar-me o trono.
Ou então, posso tomar uma decisão errônea que leve à minha derrocada. Quem quer ser líder precisa estar disposto a aceitar esses riscos. Eles vêm junto com o poder, percebe?
É claro que percebo! - Disse Dâmocles. Vejo agora que eu estava enganado e que você tem muitas coisas em que pensar além de sua riqueza e fama. Por favor, assuma o seu lugar e deixe-me voltar para a minha casa.
Até o fim de seus dias, Dâmocles não voltou a querer trocar de lugar com o rei, nem por um momento sequer.
*   *   *
Antes de deixar que a inveja cresça em nosso coração, lembremos da espada de Dâmocles.
Toda riqueza, todo poder, toda fama vem com uma série de decorrências naturais que devem ser consideradas.
Não nos deixemos consumir por esta luta incessante do orgulho, da vaidade não satisfeita.
*   *   *
A inveja é uma das mais feias e das mais tristes misérias do nosso globo. A caridade e a constante emissão da fé farão desaparecer todos esses males

Lenda Grega

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Amor doação

O amor costuma ser um tema muito presente na sociedade contemporânea.




Nos contextos mais inusitados, o amor surge como móvel ou explicação para a conduta humana.



Há quem diga que traiu ou matou por amor.



Também se nomina a mera ardência sexual como uma manifestação desse sentimento.



Não falta quem se acredite muito amoroso, por ter ímpeto de manter relações íntimas com várias pessoas ao mesmo tempo.



Bem se vê como é difícil precisar o sentido do amor.



Entretanto, Jesus identificou o amor como a essência das Leis que regem a vida.



Acima de tudo é preciso amar a Deus.



Mas também é necessário amar o próximo como a si mesmo.



Certamente esse sentimento tão sublime há de ser estribado no dever e na conduta digna.



Não se concebe que justifique promiscuidade ou crimes.



Talvez até figure de forma embrionária nesses processos desequilibrados.



Mas por certo neles se encontra desvirtuado por vícios e paixões.



Então, é difícil precisar o sentido dessa palavra tão enunciada.



Muitos dizem sofrer por amor.



Amam mas não são correspondidos e por isso padecem.



Ou às vezes até se acreditam amados, mas não com a intensidade que desejariam.



Ardem de ciúmes do ser querido.



Reclamam de descaso, de que não recebem a atenção necessária.



Entretanto, em se tratando de amor, convém recordar os exemplos de Jesus.



O Mestre Divino não Se ocupou de reclamar de falta de atenção.



Não fez chantagens com Seus parentes e amigos, para exigir maiores demonstrações de afeto.



Não infernizou a vida de quem não conseguia entender o significado de Sua missão.



Por muito amar, Ele Se doou inteiro à Humanidade.



Investiu horas infindas na educação dos ignorantes.



Confortou os sofredores.



Curou enfermos.



Amparou os viciados do corpo e da alma.



Mas nunca esperou ou exigiu e nem mesmo recebeu nada em troca.



Aqueles homens rudes nada tinham mesmo para Lhe dar.



Em comparação com o Senhor Jesus, mesmo os mais bem aquinhoados eram simples indigentes morais e intelectuais.



Careciam de educação, de luz, de paz...



Então, um aspecto importante do amor é a doação.




Amar pelo prazer de ver feliz o ser querido.



Quem espera ser amado muitas vezes se converte em opressor ou chantagista.



Já quem se contenta em amar é sempre um esteio na vida do semelhante.



Reflita a respeito do modo pelo qual você encara o amor.




Encontra alegria em tornar felizes seus amores?



Ou está sempre a lhes fazer exigências, em uma barganha constante de seu afeto?