quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Lenda Árabe


"Diz uma linda lenda árabe que dois amigos viajavam pelo deserto e em um determinado ponto da viagem discutiram.
O outro, ofendido, sem nada a dizer, escreveu na areia: HOJE, MEU MELHOR AMIGO ME BATEU NO ROSTO.
Seguiram e chegaram a um oásis onde resolveram banhar-se. O que havia sido esbofeteado começou a afogar-se sendo salvo pelo amigo.
Ao recuperar-se pegou um estilete e escreveu numa pedra: HOJE, MEU MELHOR AMIGO SALVOU-ME A VIDA.
Intrigado, o amigo perguntou: -- Por que depois que te bati, você escreveu na areia e agora escreveu na pedra?
Sorrindo, o outro amigo respondeu: -- Quando um grande amigo nos ofende, deveremos escrever na areia onde o vento do esquecimento e do perdão se encarregam de apagar. Porém quando nos faz algo grandioso, deveremos gravar na pedra da memória do coração onde vento nenhum do mundo poderá apagar".

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Winning dismay

The big and luxurious car stopped in front of the small office opposite the cemetery and the driver, who was wearing an elegant uniform, told the security guard:
Could you come with me, please? My boss is ill and can not walk, he said. Could you kindly come to the car and speak to her?
An old lady with deep eyes that could not deny her pain was waiting inside the car.
I am Mrs. Adams, she said. In these last two years I have been sending you five dollars a week...
For the flowers, answered quickly the security guard.
Exactly. So that they would be laid next to my son's grave. I am here today, she said full of consternation, because the doctors told me I do not have much time left. Therefore I came for a last visit, to thank you.
The man thought for a second, and finally said:
You know lady, I always felt sorry for the money you sent for the flowers...
What do you mean? - Asked the lady.
The man said reticently:
You know, flowers last so little...and no one really sees them here...
Do you realize what you are saying? - Said the old lady.
Yes, I know, madam. I take part of a Social Service Association, and we often visit hospitals and homes for old people. In those places, people do miss flowers...
Patients can actually see them and feel their perfume.
The lady was silent for a few seconds. Without a word, she told the driver to leave.
Months later, the security guard received another visit, one that surprised him. He was extremely surprised in fact, as this time it was the lady who was driving the car.
Now I don't send flowers anymore, I take them myself.
You were right. The patients are really happy about it and they make me feel happy. The doctors can not explain how I got better, but I do know.
It is because I found a reason for living again. I have not forgotten my son, on the contrary, I give the flowers in his name and that gives me strength.
Mrs. Adams found out something most of us are aware of, but seldom remember. Helping others, we help ourselves.
*   *   *
That is not necessary to visit the tombs of our darling ones to take our affection to them.
This is because they are not actually there, where their physical body was buried, but they are like birds that got out of the cage and flew free.
To show them our affection, we just have to send them the flowers of our gratitude through our thoughts, stimulated by the fondness we always had for them, and they will know it, wherever they are.
Our visit to the cemetery is only to clean and maintain the place that was used as a passage for the freeing of the human being we love dearly who is still alive.

sábado, 2 de outubro de 2010

Coragem de amar


Será que, para amar, é necessário ter coragem? A pergunta, a princípio, parece sem propósito. Afinal, é tão natural amarmos aos nossos filhos, ao companheiro, à esposa, que longe está a necessidade de se ter coragem para isso.




Porém, e se mudarmos a pergunta: Para aprender a amar, é necessário ter coragem? Será que precisamos de coragem para aprender a amar aqueles que ainda não amamos?



Conta-se que Madre Teresa de Calcutá, ao abandonar o convento, onde atuava como professora de jovens de famílias ricas, levou consigo apenas o hábito e as sandálias de religiosa, deixando tudo para trás.



Ao final de sua existência, tinha mais de 400 casas erguidas pelo mundo em nome do seu amor ao próximo, entre asilos, orfanatos, hospitais, escolas.



Certa feita, ao ser homenageada em uma solenidade, um dos convidados interpelou-a dizendo não saber como ela dispunha de coragem para fazer tudo o que fazia. E ela, tranquilamente, respondeu que não entendia como tantas cabeças coroadas tinham coragem de não fazer nada, frente a tanta miséria no mundo.



Albert Schweitzer era um jovem músico, consagrado nas mais famosas salas de concerto europeias, quando decidiu abandonar a carreira musical e cursar medicina.



Sonhava ele ajudar o próximo e elegeu a carreira médica como ferramenta de auxílio.



Deixou o conforto da fama e do reconhecimento ao seu talento musical para começar uma nova vida. Ao se formar, foi trabalhar no coração da África, numa região isolada e sem recursos.



Ao final de sua existência, havia sido reconhecido com um prêmio Nobel da Paz e, em uma região onde nada havia, construiu um hospital que se expandira para mais de 70 prédios, com 500 leitos para internamento.



Não são poucos os exemplos que encontramos de pessoas que, com coragem, optam por amar àqueles que ainda não amam.



Jesus nos alerta que amar àqueles que nos são caros, até os maus o fazem. Porém é necessário ir além. É necessário aprender a amar àqueles que ainda temos dificuldades em amar, que ainda não aprendemos a amar.



Para esses, é necessário armar-se de coragem. Pois o amor ao próximo exige dedicação, esquecimento do orgulho, da vaidade, da presunção.



Podemos não ter a estrutura moral ou a coragem de Madre Teresa e de Albert Schweitzer, que deixaram marcas permanentes na História da Humanidade.



Mas já podemos deixar marcada a nossa presença, se nos decidirmos a amar ao próximo.



Podemos começar com o parente difícil, sempre disposto a fazer comentários e insinuações maldosas. Ou ainda com aquele vizinho sempre pronto a uma nova provocação.



Outras tantas vezes, aprender a amar pode vir através da paciência que desenvolvemos diante das limitações de quem ainda não tem as mesmas capacidades que nós.



Ou que se mostra arrogante e pretensioso, com falsas capacidades que não possui.



Não há verdadeiramente um dia em nossa vida, onde não surja a oportunidade de aprender a amar.



Aprendamos com Jesus, Mestre Maior de todos nós, que não devemos nos contentar com o amor na intimidade do lar ou no relacionamento a dois.



Que possamos, a cada dia, armarmo-nos de coragem e exercitar o sentimento do amor ao próximo, na oportunidade que a vida nos oferecer.