sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Obediência


Em uma Epístola aos Hebreus, Paulo de Tarso dissertou sobre a obediência de Jesus a Deus.
Salientou que o Cristo manifestou Sua obediência ao Criador até o mais extremo sacrifício.
E que, após a consumação do martírio, tornou-Se o meio de salvação para todos os que por sua vez O seguirem.
É interessante refletir a respeito da obediência.
Toda criatura obedece a alguém ou a alguma coisa.
Ninguém permanece sem objetivo.
A própria rebeldia está submetida às forças corretoras da vida.
O homem obedece a toda hora.
Contudo, por vezes não consegue definir a própria submissão por virtude construtiva.
Não entende a necessidade de submeter-se com dignidade ao cumprimento dos deveres que a vida lhe apresenta.
Ressente-se com os encargos que lhe competem e busca abandoná-los.
Então, atende, antes de mais nada, aos impulsos mais baixos da natureza.
Por resistir ao serviço de autoelevação, torna-se um rebelde.
Quase sempre, em seu coração, transforma a obediência que o salvaria na escravidão que o condena.
O Senhor da vida estabeleceu as gradações do caminho.
Instituiu a lei do próprio esforço, na aquisição dos supremos valores da vida.
Em Sua extrema bondade, elaborou formosos roteiros para que o homem encontre a felicidade e se plenifique.
Deus determinou que o homem, para ser verdadeiramente livre, aceite os Seus sagrados desígnios.
Contudo, a criatura frequentemente prefere atender à sua condição de inferioridade e organiza o próprio cativeiro.
O discípulo precisa examinar atentamente o campo em que desenvolve a sua tarefa.
Quanto a você, a quem obedece?
Acaso, atende, em primeiro lugar, às vaidades humanas?
Cuida, acima de qualquer coisa, das opiniões alheias?
Ou consegue acomodar o seu sentimento no tranquilo cumprimento dos deveres que lhe competem?
São frequentes as tentações que o mundo apresenta no caminho de quem deseja viver retamente.
O discurso mundano fornece desculpas para quase tudo.
Seja o abandono do lar, a traição conjugal, a sonegação de tributos ou a pouca dedicação aos filhos.
Sempre é possível achar alguma justificativa, ainda que pífia, para passar pela porta larga da perdição.
O problema é que nessa passagem compromete-se a própria dignidade.
Como cada qual é o artífice do seu destino, sempre chegará o momento de assumir as consequências.
Em termos morais, não há atos despidos de consequências.
O sacrifício das próprias fantasias e vaidades em favor do bem rende plenitude e luz, logo adiante.
Já a vivência de paixões, em clima egoísta, traz uma inevitável cota de dores e desilusões.
Jesus ensinou e exemplificou a vivência do amor, em regime de pureza.
Apenas a obediência aos Seus ensinamentos permite quebrar a escravidão do mundo em favor da libertação eterna.
Pense nisso.

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